De todos os meses aqui vividos, esse janeiro foi o mais louco de todos. Eu já disse isso antes mas, essa jornada continua insistindo em me surpreender.

Vamos começar que eu continuo me superando quando o assunto é frio. Na noite de ano novo, eu fui com a Ju e a Sue para uma cidade "perto" daqui para vermos fogos de artificio e estava um frio MEDONHO!! E eu de vestido, casaco e salto. Pernocas de fora mesmo! E acreditem se puder, meu pé doeu muito mais do que o frio (a Ju jura que a culpa é do frio, porque meu pé parecia estar congelado mas, eu agrego a culpa aos 15 quarteirões que tivemos que andar). 
Meia noite em ponto vimos os fogos e aí o rolê acabou, essa vida americana desanimada é complicada! 

Depois disso foi neve, neve e mais neve. Oh, país que neva viu?! É bonito e tudo mais mas, eu já não aguento mais esse cobertor gelado que insiste em marcar presença.
E quem disse que eu aprendo? Primeira oportunidade e lá estou eu de vestido e salto alto de novo. Teve festa de aniversário da Mari e nós fomos andar de limousine, depois de muita diversão (sim, eu estou falando de bebida) nós estávamos tirando fotos nos monumentos de DC e fomos expulsas da casa de uma gringa porque éramos "fakes demais para ela".

Foi muito bom porque fomos para casa da Bruna e tivemos uma festa do pijama com 11 meninas e guerra de cupcake!

Estamos todas num clima de choro porque a Gi está indo embora no domingo e, na boa, dói para caramba ver minhas amigas indo embora. Ela não é a primeira que eu vou ver ir embora (eu já MUITAS meninas irem embora) mas, será a última... 
Eu não vou ver mais ninguém voltar para casa porquê, PASMEM, eu serei a próxima. Depois de 14 meses aqui, chegou a minha vez de ir para casa.
Os planos eram de ficar aqui até, pelo menos, maio e depois decidir se eu iria ou não ficar como estudante. Porém, todavia, contudo, aconteceram diversas coisas no Brasil que me fizeram ver que está na hora de voltar para casa. Não foi nada com a minha host family e por um lado estou muito feliz com a minha decisão.
Claro que a dor de deixar minha meninas e minhas crianças é enorme mas, está na hora de ir para casa. Assim sendo, eu retorno em 11 de fevereiro. 

Não foi uma decisão tomada de uma hora para outra e eu sei da data desde o segundo dia do ano mas, eu não conseguia vir aqui contar... Eu já chorei muito por outras meninas que foram e ficar é sempre mais dolorido do que ir, afinal, você vai para o novo e só deixa quem fica na mesma rotina só que com um vazio e algumas muitas lembranças. Pensar em ir e causar esse tipo de dor é muito mais difícil do que eu pensava, já pensando na parte em que choro: seremos sempre essa máfia que somos, mas, as chances de vivermos perto de novo são quase impossíveis!!