Christmas, from love to gifts.

by - 25.12.13

Natal sempre foi uma data complicada para mim, ou eu escolhia passar com a minha mãe ou eu passava com minha família. Não, eles não são brigados ou algo do gênero... é pelo simples fato de que minha mãe sempre trabalhou no natal. Seeeeempre, a vida toda e mais seis meses! 
Em geral eu ficava com ela, achava mais válido tê-la nos intervalos do que não tê-la de forma alguma. E mais, achava horrível a ideia de que ela passaria "sozinha", uma data de tanto amor e companheirismo.
Eu não sou cristã (conheço a doutrina católica pois metade da minha família pertence à comunidade e respeito demais), sou nascida e criada no budismo então, eu nunca tive um natal tradicional: nunca 
fomos à igreja e muito menos ganhamos presentes de natal mas, sempre celebramos como um dia de amor. O dia em que deveríamos ser gratos pela nossa família e celebramos à saúde e companheirismo. É um dia muito delicado na minha casa.
Acredito que por isso ainda esteja tão chocada com a data nesse país. Foi a primeira vez que eu tive uma celebração de natal aqui, ano passado eu passei com minha host family e eles são judeus, então não tive uma experiencia natalina. Pois bem, esse ano passei a anti-véspera de natal com a Sue, a Gabi e a Isa na minha casa, numa noite maravilhosa e bem nossa. A véspera na família da Gabi e o dia com a família da Sue.
Foi tudo muito bom e eu fiquei muito feliz de ter minhas amigas/parceiras ao meu lado e duas famílias tão queridas que me acolheram tão bem.

Porém, eu ainda não superei o fato de ter ficado quatro horas diretas com uma criança de (quase) quatro anos abrindo presentes... Eu acho que não estou acostumada com essa abundância de brinquedos e senti muita falta dos momentos genuínos que tinha com minha mãe e as brincadeiras com meus primos e amigos.
São coisas que eu preciso me acostumar e não estou aqui em uma posição ofensiva, dizendo que eles estão errados e eu certa e nem o contrario. É uma diferença, que assim como qualquer outra, gera estranhamento e confusão. Saudades é algo que eu lido diariamente (e nas últimas semanas eu tenho lutado contra isso de forma bastante árdua)  e hoje não foi diferente mas, eu sei que é um momento único e sou muito grata por viver essa cultura louca e tão distinta! 

Obs.: eu amei cada um dos meus presentes mas, admito que a Isa (minha futura roommate no Brasil) acertou em cheio e me deu o livro que eu tanto queria. E eu amo quando me dão livros, sinto que a pessoa me dá um mundo quando o faz. Amei de coração.


E que o Natal de todos vocês seja repleto de amor e cumplicidade. 











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4 comentários

  1. Aninha, eu morria e não sabia que vc é budista. Mas compreendo essa saudade que parece que só piora em épocas como essa. Chega a doer.
    Eu também, mesmo sendo cristã, nunca tive um natal de verdade com a minha família. Filha de pais separados, sabe como é. Mas um dia terei um com a minha família (a que vou formar). E vc tambem, do seu próprio jeito de celebrar.
    Adorei o livro, depois conta se gostou. To louca pra ler.
    Beijos e bom ano novo

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    1. Oi Paula querida, você não é a única... Geral fica surpreso e depois dizem que eu tenho mesmo jeito de budista hahahaha
      É bem dolorido mas, nós apegamos às coisas que nós fazem bem... Eu sinto muito pelas suas festas mal celebradas (se assim posso chamá-las) mas, tenho certeza que sua futura família terá lembranças incríveis dessas datas.
      O livro é incrível e super recomendo ;)
      Beijos e bom ano!!

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  2. Cool!Happy 2014 for you!

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